Objetivos
de aprendizagem:
Reconhecer as variações que uma língua pode apresentar, a utilidade de cada
variante linguística e a importância da variedade padrão na atualidade.
Alguma vez você já se sentiu
inferiorizado pelo modo como fala?
Se sim, saiba que esse sentimento é
normal. Isso geralmente ocorre quando nosso interlocutor é uma pessoa mais
instruída do que nós e, por isso, tem maior domínio da variedade padrão.
A escola, ao assumir o compromisso de
ensinar a variedade padrão, não tem em vista eliminar a língua que o aluno traz
de casa, mas prepará-lo para se comunicar com segurança e competência,
independente de sua origem social.
Variantes
linguísticas
A linguagem verbal está intimamente
relacionada à identidade do falante e à circunstância em que ocorre o ato da
fala. O uso da língua varia segundo a idade, o grau de instrução, a região de
origem ou de moradia, a profissão do falante e segundo a situação ou o lugar em
que se encontra. Essas modalidades são chamadas de variantes linguísticas.
O convívio social em situações
cotidianas permite descontração e informalidade ao falar e escrever. Permite o
uso da linguagem coloquial. Mas em
determinadas circunstâncias, nem sempre é possível a informalidade, é preciso
atentar e obedecer às regras gramaticais e usar uma linguagem mais formal, a linguagem culta.
Coloquial:
próprio da conversação entre duas ou mais pessoas.
Falar
e escrever
Quando falamos, as palavras saem
espontaneamente, obedecem a estímulos variados; utilizamos palavras que fazem
parte de nosso acervo vocabular. Já para escrever, precisamos organizar
cuidadosamente o pensamento, buscar palavras e frases inteiras que representem
ideias, exteriorizem sentimentos e manifestem desejos e vontades.
Escrever é o resultado de um processo de
elaboração linguística, é uma tarefa que exige concentração, conhecimentos
gramaticais, ainda que mínimos, e, sobretudo, criação; é preciso criar um texto
escrito.
Falar uma língua não implica somente
aprender a ler e escrever palavras, mas também a capacidade de lidar com elas,
de usá-las para adquirir conhecimentos e garantir a expressão de nossas ideias.
Variedade padrão
Também conhecida
como língua padrão ou norma culta, essa variedade é utilizada
na maior parte dos livros, jornais e revistas, em alguns programas de
televisão, nos livros científicos e didáticos e é ensinada na escola. As demais
variedades linguísticas – como a regional, a gíria, o jargão de grupos ou profissões
(linguagem dos policiais, dos jogadores de futebol, dos metaleiros, dos
surfistas, etc.) – são chamadas genericamente de variedade não padrão.
Jargão:
linguagem corrompida ou gíria profissional.
Apesar dos preconceitos sociais em relação a variedades
não padrão, todas são válidas e têm valor nos grupos ou nas comunidades em que
são usadas.
Por considerarem
a língua padrão “elitista”, há hoje uma corrente de professores e linguistas
contrários ao ensino da norma culta nas escolas. Esquecem-se de que as escolas
buscam formar exatamente a elite da sociedade, segmento que contribui mais (e
melhor) para o progresso do país.
Resumo da aula: Nessa aula, você pôde refletir
sobre as variedades da língua portuguesa, sobre a existência do preconceito linguístico e, também, sobre a valorização e a utilização da norma culta.
Atividade
A: A seguir são apresentados
alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo a
variação linguística condizente aos mesmos:
1. Antigamente
“Antigamente,
as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo
rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
2. Vício na fala
Para
dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
3. “Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a corredeira está forte é perigoso passar pela pinguela, que é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco de árvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a passagem. Mas se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de existir.”
4.
- E aí mano? Ta a fim de dá uns rolé hoje?
Qual é! Vai topá a parada? Vê se desencana! Morô velho?
Qual é! Vai topá a parada? Vê se desencana! Morô velho?
Atividade
B: “Norma culta é uma forma linguística que todo povo civilizado possui, é a
que assegura a unidade da língua nacional. É justamente em nome dessa unidade,
tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas
e difundida nas gramáticas. Por isso, é a forma linguística utilizada pelo
segmento mais culto e influente de uma sociedade.” (Luiz Antonio Sacconi) Você
concorda com o ponto de vista dos professores e linguistas que consideram a norma
culta “elitista”? Apresente seu ponto de vista, considerando as mudanças
ocorridas na educação brasileira ao longo dos anos.
Norma culta não é ser elite, moro na favela e preocupe-me com a norma culta. É o que garante a unidade da língua e o que me faz expressar de forma concisa. Depois falando-a, eu honro a última flor de lácio, camões e todos que somam para esta língua maravilhosa que amo tanto. Aproveitando o ensejo. Deixou um comentário meu sobre como algumas coisas mudadas na nossa forma de falar, tornariam o português culto mais acessível às massas.
ResponderExcluirNão há nada diferente em usar o tu ou o você, dá na mesma, o entrave é, usa-se a próclise sem necessidade, inicia-se frases com ela porquê? Por que a balburdia com frases com pronomes átonos oblíquos de segunda pessoa, o te, sendo que usamos o você, devia-se usar, o lhe. Pede-se sempre a ênclise. A academia de letras, o que pode contribuir? E os jornalistas não usam mais a mesóclise e a ênclise por quê? E na televisão aberta, não se devia cobrar mais dos jornalistas a forma culta? Responda-me, por favor.
Perdão! Quando criei este blog (trabalho realizado nas disciplinas Educação à Distância e Novas Mídias), não pensei em mantê-lo. Seria interessante ter tempo suficiente para me dedicar a comunicação virtual, mas, infelizmente, só hoje (quase um ano depois) é que tive a curiosidade de dar uma olhadinha, e me deparei com seu comentário.
ExcluirAlegro-me imensamente por saber que ainda existem pessoas apaixonadas pela nossa língua. Pessoas que questionam e/ou querem discutir esse tema. Confesso que temo pelos "modismos" que, inevitavelmente, têm nos afastado da norma culta. Chego a pensar que, no futuro, terão que buscar novas formas de garantir a unidade da língua. Os adolescentes e crianças de hoje podem estar vendo a norma culta como muitos adultos veem o latim.
Caso chegue a ler essas observações, atrasadíssimas, quero que saiba o quanto seu comentário é gratificante. Tenho certeza de que suas ideias não se restringem aos textos escritos. Isso mesmo, propague-as, provoque debates e estimule as pessoas a valorizar o que temos de melhor.
Muito obrigada!
adorei o texto, facil e atrativo de ler!! Eu estava precisando do assunto para uma redação e achei o seu, muito obrigado professora, você escreve muito bem!
ResponderExcluirEu é que agradeço!
ExcluirFico muito feliz por alguém ter lido e pelo assunto ter sido útil.
Sucesso nos estudos!
Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirMuito obrigada!
ExcluirObrigada professora! pelo belo texto.tive um melhor esclarecimento, sobre variação linguística e norma culta.
ResponderExcluirME AJUDA A FAZER UM ARTIGO DE OPINIÃO SEM OPINIÃO FORMADA AAAAAA
ResponderExcluirAdorei seu texto, tive muita dificuldade em entender sobre o assunto, acabei me deparando com o seu texto e achei excelente, facif de interpretar e muito agradável a leitura, parabéns me ajudou muito em um trabalho da faculdade. parabéns
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